Diários de Motocicleta

Antes de tudo: desisti de copiar tudo q tinha no outro blog pra por aqui.... ficar repetindo post nem eu aguento, quanto mais as pessoas q tem a disposição de clicar aqui de vez em quando pra dar uma olhada se atualizei ele:
Vamos ao que interessa:

Diários de Motocicleta!

No começo, não me interesssei muito pelo filme, mesmo lendo que ele era bom. Afinal, a crítica massacra muitos filmes que gosto. Mas depois do meu primogênito ter me indicado ele, comecei a cogitar a possibilidade de vê-lo. Finalmente consegui isso esse final de semana, e aí vai a minha opinião:

Um filme bom, muito bom.
Se você gosta de história e política como eu, vai gostar mais ainda!
Cheguei a conclusão de que se o amigo do Guevara, Alberto (?? acho q é esse o nome)não o tivesse chamado para fazer uma louca viagem pela América do Sul, com o objetivo de ver as lindas paisagens e mulheres (bom, as mulheres eles não queriam só ver...), o história da revolução cubana teria sido outra.
E a Argentina teria mais um médico.
A "Poderosa" é uma moto que vai estrar para a história. Pena que não tenha sobrado nada dela no meio do caminho...
Incomoda no filme, o fato do Guevara ser tão honesto. Não que eu ache que ele era desonesto, mas se recusar a dizer algumas mentiras simples, aquelas que praticamente todos nós dizemos no dia-a-dia, inclusive para podermos nos relacioanr melhor com as pessoas, é meio demais...
Se bem que, pelo que eu li algumas vezes sobre ele, isso até que não é de todo impossível. Porque ele chegou a ser considerado intolerante com relação a muitas coisas, e alguém que se recusa a faltar para com a verdade pode se tornar muito intolerante se exigir isso de outras pessoas também, o tempo todo.

Mas o principal do filme é amizade entre o Alberto e o Ernesto, as desilusões amorosas de um, as aventuras de outro, e assim por diante... num filme em que se mostra o pior e o melhor da América do Sul, ao mesmo tempo. De um povo que, como os leprosos da colônia de São Paulo, fazem festas, danças, jogam futebol e riem, mesmo segregados do resto do mundo por sua doença. Mesmo no meio de toda essa desgraça permanente que cerca a América Latina, a gente de diverte, ri, canta e joga.. a despeito de tudo o que nos acontece no dia dia!

Acho que essa é a maior resistência que nosso povo pode apresentar: Não se abater. Podem chamar isso de alienação, mas eu estou começando a achar que é resistência mesmo. Resistir da sina de se tornar um povo triste, sem calor humano e neurótico.